domingo, 29 de março de 2015

Quadradinho de céu azul

Esta manhã estava a olhar para a janela e vi o meu "quadradinho de céu azul", aquele bocadinho pequenino que me faz sentir bem, recarregar baterias e ficar em paz comigo própria.
Gostava de poder pegar naquele bocadinho de azul lindo e guardá-lo para poder usar sempre que precisasse, mas não posso... Se o pudesse tirar daquele lugar lá longe e guardá-lo no bolso deixava de ser tão especial, maravilhoso e pacificador.
Já era aquele quadradinho de céu azul e sol que procurava quando passava as aulas de Matemática do 10º ou 11º ano a olhar pela janela. Uma vez irritei o professor de tal maneira que ele pediu-me para repetir o que ele tinha dito. Eu repeti pelas mesmas palavras e ele disse "Ok! Já vi que estás com atenção, mas por favor olha para o quadro e não para a janela." Eu deixei de olhar para a janela, mas não consegui ter atenção ao resto da aula...
Não sei como os habitantes de outros países mais cinzentos fazem, porque eu sem o meu pedacinho de céu azul durante alguns dias fico logo em baixo, sem energia... É com certeza por isso que os estrangeiros gostam muito de Portugal.
Já vi num programa de televisão uma lâmpada que simula a luz do sol, na Islândia. Como é que alguém consegue viver num sítio como esse?!? Eu não, com certeza!!!
Bem, é certo que nunca experimentei e sem experimentar não posso ter a certeza que não gosto. Mas a probabilidade é muita, de certeza.
Quando começo a ver que o pedacinho de céu azul através da janela já não chega para ter o efeito pacificador e energizante que necessito está na altura de ir ver o mar. Nesses casos, quanto mais revolto melhor! A energia e a revolta que o mar demonstra levam toda a minha energia negativa e eu sinto como que uma limpeza à alma, ao meu interior. Fico só com a energia boa, positiva dentro de mim e sinto-me preparada para enfrentar qualquer coisa.

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