Há dias li na página da internet do Público a seguinte frase:
"Os portugueses, pelo menos os de hoje, com apenas duas a três décadas de experiência de democracia, prezam a liberdade. Conhecem os seus perigos. Receiam as ameaças. Sábio povo!"
António Barreto, "Visão", 23-04-2009
E venho aqui dizer que discordo!
Seguidamente explico as minhas razões.
O que eu vejo é que o povo não sabe ao certo o que é a Liberdade e o que fazer com ela. Vejo que não se conhecem os seus perigos e muito menos se pensa nas suas ameaças.
Já tenho dito algumas vezes que foi uma pena neste país ter havido uma ditadura, para que houvesse a necessidade de uma revolução. Eu não estou contra a revolução, acho que dentro das circunstâncias ela foi necessária. Mas foi uma pena terem existido estes dois extremos. Qualquer um deles faz mal a quem os vive. Se antes se vivia liberdade a menos, agora vive-se com demasiada sensação de liberdade.
Eu vejo à minha roda que se perdeu o respeito pelos outros, pelos valores éticos e morais. Eu ainda tive a sorte de me ensinarem essas coisas em pequena, mas vejo que muita gente da minha idade já não teve a mesma sorte... Vive-se liberdade a mais, atropela-se a liberdade dos outros!
Este país precisa de regras e precisa que as regras existentes sejam cumpridas com maior rigor. Mas sabem, há por aí muita gente que se acha acima das regras, sejam elas éticas e morais ou mesmo em forma de leis.
Na minha opinião, a maior parte dos portugueses só olham para a sua liberdade, mas ignoram a liberdade dos que os rodeiam. E ainda mais grave, atropelam-na!
Mas não considerem isto um manifesto político, nem pensar!!! Eu até detesto política!
O que aqui escrevo é uma demonstração de indignação contra o estado das coisas, contra a mentalidade global actual.
VIVA A LIBERDADE!
Mas só a minha, que se lixe a dos outros.
sábado, 25 de abril de 2009
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3 comentários:
Também não concordo com essa frase. A não ser que seja dita num contexo irónico. Vivemos diariamente as consequências de uma liberdade politicamente correcta.
Como eu odeio o politicamente correcto!
Beijinhos!
Deviam proibir ou melhor, censurar o políticamente correcto.
Eu vi esta frase ja como uma citação e não a fui procurar à sua origem. Admito o erro!
"... que se lixe a dos outros."
É por essas e por outras que muitas vezes se perde a liberdade definitivamente. Claro que não em Portugal.
Eu acredito que a minha liberdade termina onde começa a dos outros e tento guiar a minha vida por essa máxima, mesmo quando os outros, fazendo pelo uso da sua liberdade, me magoam e me fazem sofrer...
Mas, antes viver sujeita a ser magoada por atitudes tomadas em liberdade do que viver desprovida de liberdade como é o caso de muitas mulheres por esse mundo fora...
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